sábado, 23 de abril de 2011

SÁBADO SANTO

Sábado Santo é dia de silêncio na Igreja: Cristo jaz no sepulcro e a Igreja medita, admirada, o que fez por nós este Senhor nosso. Guarda silêncio para aprender do Mestre, ao contemplar o Seu corpo destroçado. Cada um de nós pode e deve unir-se ao silêncio da Igreja.  



"Destruiu as prisões do Inferno e esmagou o poder do Demônio. Hoje o nosso Salvador quebrou as portas e as cadeias da morte."   


O Sábado Santo não é um dia triste. O Senhor venceu o demônio e o pecado e dentro de poucas horas vencerá também a morte com a Sua gloriosa Ressurreição. Reconciliou-nos com o Pai celestial; já somos filhos de Deus!


O Sábado Santo foi o dia em que Jesus desceu ao inferno indo ao encontro dos que estavam privados da visão de Deus.(CIC 632). Esse é, com efeito, o estado de todos os mortos, maus ou justos, à espera do Redentor. O que não significa que a sorte deles seja idêntica, como mostra Jesus na parábola do pobre Lázaro recebido no “seio de Abraão”.


“São precisamente essas almas santas, que esperavam seu libertador no seio de Abraão, que Jesus libertou ao descer aos infernos”. Portanto, Jesus não desceu aos infernos para libertar os condenados, mas para libertar os justos que o haviam precedido. (CIC 633).


Cristo desceu, no seio da terra a fim de que “Os mortos ouçam a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem vivam”(Jo 5,25). Jesus, o príncipe da vida, destruiu pela morte o dominador da morte, isto é, o Diabo, e libertou os que passaram toda a vida em estado de servidão, pelo temor da morte (Hb 2,14-15).


A partir de agora, Cristo detém a chave da morte e do Hades (Ap 1,18) e ao nome de Jesus todos joelhos se dobrem no Céu, na Terra e nos Infernos (Fl 2,10) (CIC 635).
"Desceu à mansão dos mortos": essa confissão do Sábado Santo significa que Cristo ultrapassou a porta da solidão, que desceu ao fundo inalcançável e insuperável da nossa condição de solidão. Isso significa, porém, que mesmo na noite extrema na qual não penetra palavra alguma, na qual todos nós somos como crianças apavoradas, chorosas, surge uma voz que nos chama, uma mão que nos toma e nos conduz. A solidão insuperável do homem foi superada a partir do momento em que Ele se encontrou nela. 


O inferno foi vencido a partir do momento em que o amor entrou também na região da morte e a terra de ninguém da solidão foi habitada por ele. Na sua profundidade, o homem não vive de pão, mas, na autenticidade de seu ser, ele vive pelo fato de que é amado e lhe é permitido amar. A partir do momento em que se dá a presença do amor no espaço da morte, a vida penetra nela: aos teus fiéis, ó Senhor, a vida não é tirada, mas transformada.


Papa Bento XVI

Neste dia do Sábado Santo, espaço de tempo que começa no por-do-sol da sexta-feira e termina no por-do-sol do sábado, a Igreja fica sem o seu Senhor. Porque Jesus jaz no túmulo.

Existe aqui a oração silenciosa e a penitência da Igreja esperando que Nosso Senhor ressuscite. Mas quem era realmente a Igreja que esperava a ressurreição de Jesus?

Era a Virgem Santíssima, Maria, ela sabia da ressurreição de Jesus. Parece que no Sabado Santo a Igreja foi como que reduzida a uma pessoa.

“Bem-aventurada é aquela que acreditou…”

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