domingo, 24 de fevereiro de 2013

O PAPA QUE O MUNDO MODERNO QUER


Esta é uma pergunta que o mundo tem feito desde que Bento XVI anunciou, no dia 12 de fevereiro, que renunciaria ao ministério petrino.As manchetes sobre o que estaria por detrás de tal atitude do Pontífice logo se espalharam pelo mundo numa espécie de trama conspiratória digna de produções hollywoodianas, daquelas que até as obras fictícias de Dan Brown ficariam no ‘chinelo’.
A meu ver, só existe uma coisa mais ridícula do que as manchetes dos jornais a respeito do que acontece, atualmente, na Igreja: são as opiniões de jornalistas e até teólogos (quem diria!) sobre como ‘deve ser’ o próximo Papa e a ‘Igreja do futuro’.
Segundo esses caros “especialistas”, a Igreja perde fiéis e agoniza, porque não avança na mesma velocidade do mundo moderno; parou no tempo ao sustentar a família tradicional, é retrógrada ao defender a vida desde a sua concepção até o seu declínio natural, torna-se medieval quando ainda critica a manipulação genética como as pesquisas com células troncos embrionárias, etc.
Para esses “magos” da prestidigitação moderna, o próximo Papa – para ‘salvar’ a Igreja – deve ser um progressista, aberto ao mundo moderno, que saiba dar um ‘like’ para o casamento homossexual, um ‘joinha’ para a distribuição de preservativos. Um Pontífice que aprove o divórcio, que ordene as mulheres e acabe de vez com essa coisa de celibato.
Cada vez que leio um artigo desses modernistas de plantão sobre como dever ser o próximo Papa, pergunto-me: “eles querem um Papa ou um anticristo?”
Não! O próximo Pontífice não será progressista, não caberá no bolso do mundo moderno, muito menos negará o que seus antecessores já disseram a respeito de temas como o casamento gay, aborto, ordenação de mulheres, entre outros; pois o Papa é, antes de tudo, um servo da Verdade, aquele que tem a missão de guardar o tesouro da fé confiado a ele pelo próprio Cristo.
Os modernistas jamais entenderão que o Papa guarda uma patrimônio de fé (Depositum Fidei) transmitido através dos séculos, o qual não lhe pertence. A sua missão é guardar esse tesouro ainda que lhe custem críticas, perseguição e até a sua própria vida.
Voltemos então à pergunta: ‘quem’ ou ‘como’ será o próximo Papa? A resposta é simples: ele será o Papa, Sucessor de Pedro, fundamento visível da unidade da Igreja Católica, aquele que nos confirmará na fé e a quem Jesus continua a dizer “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. O que queremos mais?
Não me iludo, no entanto, que estes brilhantes jornalistas, colunistas e afins possam compreender a realidade espiritual que cerca um Papa e a sua sucessão, pois para entender é preciso ter fé, algo em falta no mundo moderno.

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