sexta-feira, 12 de julho de 2013

Como evangelizar nos dias de hoje

O Senhor nos dá uma Palavra, nesse dia nacional de oração pela Jornada Mundial da Juventude, que nos ilumina e nos coloca em um caminho que se faz necessário trilhar pela Igreja. Além da celebração da festa litúrgica de São Bento, um modelo de santidade para todos os cristãos.
Papa Francisco tem insistido muito que a Igreja necessita ir longe, ir para a periferia e para os cantos do mundo anunciando o Evangelho. Claro que, começando pela família, pela comunidade na qual estamos, mas sempre abertos à missionaridade que é própria de todo cristão.

Nós sabemos que o verdadeiro discípulo, aquele que segue Cristo, é um missionário, pois onde quer que passe, assim como o próprio Jesus, anuncia o Reino de Deus e traz sopro de vida nova.

Hoje, essa obrigação se apresenta de várias formas, seja como os discípulos faziam, seja como a Canção Nova faz pelos meios de comunicação ou como muitos jovens fazem nas redes sociais.
Nós sabemos que, quanto mais estivermos presentes nas mais diversas realidades, anunciando o Reino de Deus, maior será a possibilidade de as pessoas terem acesso a essa Verdade.

Por isso, a Palavra de hoje nos coloca muito bem dentro daquilo que o Papa Francisco tem nos apresentado e o que diz o Documento de Aparecida, porque os jovens que têm um encontro pessoal com Deus são os mesmos enviados para promover o mesmo na vida de outras pessoas.

Em todos os lugares, nós temos visto que a mentalidade está mudando. Hoje, celebramos a memória de um santo que nasceu logo após a queda do Império Romano, onde toda uma organização política e social também caiu.

A Igreja precisou assumir um papel mais ativo no âmbito social justamente pelo falto de tudo estar desorganizado. A regra criada por São Bento, algum tempo depois, foi fundamental para apresentar uma resposta a essa realidade.

Hoje, a missão que nos é imposta acontece em um contexto muito semelhante ao de São Bento, mas com suas realidades próprias. Por isso, devemos nos perguntar: Qual será a nossa resposta diante disso?

Não podemos nos omitir, mas ser protagonistas para um mundo novo, tornando-nos agentes de transformação. Adaptar, como fez São Bento, construindo uma cultura onde esse mundo novo possa nascer.

Saber onde depositar nossa confiança é fundamental para que a evangelização aconteça de maneira efetiva, pois temos o costume de desanimar quando as coisas não saem de acordo com o que tínhamos planejado. E evangelizar não é fazer a nossa vontade, mas sim levar almas para Deus.

Compreender que não fomos chamados por acaso é também compreender o papel que devemos exercer na realidade em que estamos inseridos. A nossa melhor resposta, diante desse chamado, deve ser: "Eis me aqui!".

Dom Orani João Tempesta 
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ) e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura, Educação e Comunicação Social da CNBB

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