sexta-feira, 13 de abril de 2012

Formação: O que a Igreja diz sobre o aborto (Parte I)

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Se somos católicos, obedeçamos a Igreja de Cristo. Seja coerente com a fé que você professa.

Caríssimos, neste blog não e nunca haverá espaço para o relativismo. Aqui falamos sobre Catequese e Doutrina da Igreja. Sem meio termos, e sem dourar pílulas. Quem me conhece sabe que eu sou assim. Minha noiva costuma dizer que eu sou “Pé na porta”. E graças a Deus sou assim mesmo. E hoje penso que os católicos estão precisando de gente “pé na porta” como eu. Relativismo aqui nem passa perto. Por isso digo AOS CATÓLICOS:

Não é porque o STF aprovou o aborto em caso de anacefalia que o mesmo deixa de ser pecado. O aborto é pecado em qualquer caso, sob pena de excomunhão como veremos a seguir.

Quem deseja conhecer a fé católica precisa aprender o que não existe meios termos. O que é, é. O que não é, não é. Se qualquer coisa dita por qualquer pessoa – ainda que seja padre, bispo, cardeal ou papa – for contrário àquilo que a Igreja ensina, é preciso pesquisar, chegar, averiguar as informações. Todas as definições de Fé, Doutrina e Moral Católica estão nos documentos da Igreja. Hoje é preciso mais do que nunca que os católicos se unam em torno da Doutrina de Cristo, que é guardada pelo Magistério da Igreja. Por isso quis buscar referências nos documentos da Igreja sobre o tema para tentar ajudar você a refletir melhor.

Desde os inícios, o cristianismo afirmou a ilicitude moral de todo aborto provocado. A Didaché, texto do século I, atribuído aos Apóstolos, considerado o primeiro catecismo da religião cristã, ensinava:

“Não matarás o fruto do ventre por aborto, e não farás perecer a criança já nascida” (Didaché 2,2).

Barnabé, o companheiro de Paulo Apóstolo, na Epístola que lhe é atribuída (não incluída nos livros canônicos da Bíblia), também afirma a absoluta ilicitude moral do aborto, o que consta também da conhecida Epístola a Diogneto, um documento cristão do século II. Neste mesmo século, o apologista cristão Atenágoras frisava que os cristãos têm na conta de homicidas as mulheres que utilizam medicamentos para abortar, e condenava os assassinos de crianças, incluindo igualmente no número destas as que vivem ainda no seio materno, onde elas já são objeto da solicitude da Providência divina.

Essa condenação moral do aborto ganhou forma jurídica quando os Concílios do século III decretaram que a mulher que praticasse o aborto ficaria excomungada até o fim da vida. Depois disso, todos os concílios da Igreja católica mantiveram a pena de excomunhão. O I Concílio de Mogúncia, em 847, confirmava as penas estabelecidas por concílios precedentes contra o aborto; e determinava que fosse imposta a penitência mais rigorosa às mulheres que matarem as suas crianças ou que provocarem a eliminação do fruto concebido no próprio ventre. O Decreto de Graciano refere estas palavras do Papa Estêvão V:

É homicida aquele que fizer perecer, mediante o aborto, o que tinha sido concebido. (Papa Estevão V)

Nos tempos da Renascença, o Papa Sisto V condenou o aborto com a maior severidade. Um século mais tarde, Inocêncio XI condenou as proposições de alguns canonistas laxistas que pretendiam desculpar o aborto provocado antes do momento em que certos autores fixavam dar-se a animação espiritual do novo ser.

O cânon 1398 do Código de Direito Canônico diz:

“Quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae”.

Segundo o canonista Pe. Jesus Hortal, a excomunhão “atinge por igual a todos os que, a ciência e consciência, intervêm no processo abortivo, quer com a cooperação material (médico, enfermeiras, parteiras etc.), quer com a cooperação moral verdadeiramente eficaz (como o marido, o amante ou o pai). A mulher, não raramente, não incorrerá na excomunhão por encontrar-se dentro das circunstâncias atenuantes do cân. 1324 § 1º, 3º e 5º”. Tais circunstâncias podem ser: a posse apenas parcial do uso da razão, o forte ímpeto da paixão ou a coação por medo grave.

Estou trazendo a você católico estas informações e ensinamentos para dizer com letras maiúsculas e garrafais: CATÓLICO QUE É A FAVOR DO ABORTO EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA, ESTÁ INDO CONTRA A SUA PRÓPRIA FÉ!




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