Sempre e por toda parte a
refeição foi símbolo de união. Para nós, cristãos, a refeição por excelência é
a Eucaristia, com caráter de sacrifício e de ação de graças, como repetição do
sacrifício de Cristo, do mistério pascal.
São Jerônimo, num comentário
do Salmo 102, disse: “Sou como um pelicano do deserto, que fustiga o peito e
alimenta com o próprio sangue os seus filhos”. Ele é o símbolo do sacrifício e
da doação de si mesmo. E a Eucaristia é Jesus Cristo, como pão do céu, da paz e
a salvação da humanidade.
A principal característica
do pelicano é única: uma bolsa membranosa que prende o bico, duas ou três vezes
maior que seu estômago, que tem a finalidade de armazenar alimento por um
determinado tempo. Assim, como a maioria das aves aquáticas, possui os dedos
unidos por membranas. Eles são encontrados em todos os continentes, com exceção
da Antártida; medindo até três metros, de uma asa a outra e pesando até 13
quilos. Os machos são normalmente maiores e possuem bicos mais longos que as
fêmeas e alimentam-se de peixes.
Na Europa medieval eram
considerados animais especiais e zelosos que alimentavam os filhotes com o
alimento que extraíam da sua própria bolsa e chegando a faltar alimento,
dava-lhes o seu próprio sangue.
Daí tornar-se um símbolo da
Paixão de Cristo, da Eucaristia e da auto-imolação, costumando a sofrerem de
uma doença que os deixavam com marca vermelha no peito. Outra versão de que
eles costumavam matar os filhotes e, depois, ressuscitá-los com seu sangue, o
que seria análogo ao sacrifício de Jesus.
Ó pássaro bom! Ó pelicano
bom, Senhor Jesus! Temos consciência de que Eucaristia é a renovação da aliança
do Senhor com os homens e que através dela se realiza de um modo contínuo a
obra da Redenção. Temos convicção de que a Eucaristia é o sinal da unidade e
vínculo da caridade e que também dela tende toda ação da Igreja e, ao mesmo
tempo, é a fonte donde emana toda sua força (cf. SC. 522, 537, 537 e 600).
Que o pássaro bom nos ensine
amar mais a Eucaristia, Sacramento no qual Jesus se acha presente, com seu
corpo, sangue, alma e divindade. Ele é banquete sagrado, “o pelicano bom a nos
inundar com vosso sangue, sangue no qual uma só gota pode salvar o mundo
inteiro” (Santo Tomás de Aquino).
A Fraternidade Toca de Assis também expressa, em uma belíssima canção, a riqueza dessa simbologia.
Fontes: Adoradores e You Tube
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